Superalimentos: poção mágica ou estratégia de marketing?

O tema da alimentação saudável está na ordem do dia e cada vez mais surgem no mercado novos e apetecíveis alimentos exóticos que prometem fazer maravilhas por si e pela sua saúde, sendo apresentados como a cura para todos os males.

Entre estes alimentos estão os chamados “superalimentos”, tão em voga atualmente e presença assídua nas selfies e instagrams dos bloggers fit da moda.

O que são?

A designação de superalimentos é atribuída a alimentos com propriedades nutricionais específicas, pela sua riqueza em antioxidantes e fitonutrientes, cujo consumo se traduz num impacto benéfico para a saúde do nosso organismo, nomeadamente ao nível da prevenção de doenças e fortalecimento do sistema imunitário.

10 superalimentos e respetivos benefícios:

• Açaí – esta baga de cor roxa é oriunda da Amazónia e possui considerável poder antioxidante, graças ao seu teor em antocianinas, proantocianidinas e flavonóides, melhorando assim a saúde cardiovascular. Pode ser encontrada em forma de polpa ultracongelada ou desidratada;
• Bagas de goji – usadas na medicina tradicional chinesa desde a antiguidade, estas bagas vermelhas apresentam alto teor de proteínas, vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes. São encontradas desidratadas, em forma de passas, ajudam a fortalecer o sistema imunitário e a diminuir os níveis de stress e envelhecimento celular;
• Camu camu – este fruto semelhante a uma pequena maçã é oriundo da região amazónica e cerca de 40 a 50 vezes mais rico em vitamina C do que uma laranja. É possível obtê-lo já liofilizado, em pó, e contribui para reforçar o sistema imunitário, sendo um bom aliado na prevenção de gripes e constipações;
• Clorela – microalga verde que, como o nome indica, possui um elevado teor de clorofila.  Cresce em águas puras, melhora o funcionamento cerebral e hepático, graças às suas propriedades desintoxicantes, digestivas e regenerantes. É apresentada em pó ou comprimidos;
• Maca – disponível normalmente em pó, este tubérculo proveniente dos Andes peruanos é rico em nutrientes e um excelente tónico e adaptogéneo. Entre as suas propriedades está o aumento da energia e resistência, a manutenção da vitalidade e a melhoria do desempenho físico e mental;
• Matcha – oferece todos os benefícios do café, mas sem o efeito taquicardíaco. Este chá verde é oriundo do Japão e é apresentado sob a forma de um pó esverdeado. Além do efeito energizante, fortifica o sistema imunitário e auxilia a queima de gordura, potenciado o emagrecimento;
• Sementes de cânhamo – a proteína das sementes de cânhamo contém todos os aminoácidos essenciais e é de fácil digestão. Possuem uma proporção interessante de ácidos gordos ómega 3 e 6, e são um bom aliado para melhorar a saúde do cabelo, pele e unhas. Existem inteiras, com e sem casca, e proteína de cânhamo em pó, extraída das sementes;
• Sementes de chia – são uma fonte de energia e de bem-estar para os Astecas, Incas e Maias há milhares de anos. Muito populares, são ricas em ácidos gordos essenciais (ómega-3 e 6), proteínas, fibras e minerais. Como têm elevada capacidade de absorção de água, aumentando bastante de tamanho, contribuem para diminuir a sensação de fome e auxiliam a perda de peso;
• Spirulina – esta microalga verde-azulada é encontrada naturalmente em lagos africanos e deve o seu nome ao facto de assumir a forma de uma espiral. Possui elevada capacidade antioxidante, é anti-inflamatória, antialérgica, desintoxicante e antibacteriana. Apresenta-se em pó e é de fácil absorção;
• Quinoa – este grão possui propriedades antioxidantes e um bom equilíbrio de proteínas. É isenta de glúten, contém ácidos gordos ómega 3 e 6 e vitaminas, onde se destacam a vitaminas A, C e E. Pode ser usada como acompanhamento, sendo o modo de confeção idêntico ao do arroz.

Mito ou realidade?

O assunto não é consensual e as opiniões dividem-se quanto às reais qualidades e respetivos benefícios dos alimentos com propriedades “especiais”.

A verdade é que todos surgem como uma moda e médicos e nutricionistas não têm duvidas que, na sua maioria, é a publicidade que faz os consumidores crerem que estes alimentos têm poderes curativos que vão muito para além da realidade, pelo menos a realidade comprovada cientificamente.

Ou seja, a expressão “superalimentos” é uma criação de marketing alheia a qualquer regulação ou definição científica.

É verdade que estes alimentos possuem propriedades nutricionais interessantes e são ricos em antioxidantes e fitonutrientes, mas serão diferentes dos “comuns” hortofrutícolas, cereais integrais e frutos oleaginosos?

Pode, no entanto, consumir estes superalimentos de forma esporádica e sempre que sentir que está a precisar de um boost extra de vitaminas e antioxidantes.

De referir que, a ingestão por si só destes alimentos não lhe garante resultados nem benefícios adicionais se apresentar um padrão alimentar desequilibrado e não modificar o seu estilo de vida.

Os superalimentos devem ser integrados no âmbito de uma alimentação saudável.

Fale com o seu nutricionista e descubra todas as suas propriedades e a melhor forma de os incluir na sua alimentação, de acordo com o seu caso e objetivo específico.

Visite-nos numa Clínica Persona perto de si e agende uma Consulta gratuita e sem compromisso. Só assim é possível saber qual a melhor estratégia a seguir e ter a garantia de um acompanhamento personalizado e adaptado às suas necessidades específicas.