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Colite ulcerosa: considerações gerais
A colite ulcerosa pertence ao vasto grupo das doenças inflamatórias do intestino.
Esta doença provoca inflamação crónica do intestino grosso (cólon e reto) e pode ocorrer em qualquer idade.
Os principais sintomas são dor abdominal, urgência em defecar, diarreias e sangue nas fezes.
A inflamação começa no recto e estende-se, de forma contínua, pelo cólon.
Muitas vezes esta condição é confundida com a síndrome de Crohn, que é uma outra doença inflamatória do intestino.
Podem ter sintomas similares, mas as áreas afetadas no organismo são diferentes.
Quem sofre de Crohn pode ver afetada qualquer zona do sistema digestivo e em diferentes camadas/espessuras, ao passo que na colite ulcerosa, só o reto e o cólon são afetados e somente a camada de epitélio mais exterior, além de se tratar de uma doença de progressão contínua.
Ninguém sabe, concretamente, quais as causas da colite ulcerosa.
Também não se sabe, a partir do momento em que a doença é diagnosticada, de que modo irá afetar determinado paciente.
Muitos passam anos sem qualquer tipo de sintoma, ao passo que outros têm episódios de severidade recorrentes.
Uma coisa é certa: a colite ulcerosa é uma doença incurável e crónica.
Podendo ser controlada com tratamento, existem vários medicamentos que ajudam a melhorar a qualidade de vida do paciente, ao ponto de, os estudos mostrarem, não existir diferenças na esperança de vida média de portadores e não portadores.
Os sintomas desenvolvem-se, pois, à medida que mais partes do intestino se encontram inflamadas ou com pequenas úlceras, este perde a sua capacidade natural para absorver água e sais minerais das fezes, aumentando as probabilidades de movimentos rápidos do intestino e diarreias.
Esta ulceração progressiva pode também levar em perdas de sangue para as fezes, que, em casos extremos, pode levar a anemias.
A dor abdominal também está presente, em especial do lado esquerdo. Junto com esta sintomatologia, pode também existir perda de apetite, fadiga e, consequentemente, perda de peso.
O objetivo prioritário do tratamento é alcançar estado de remissão da doença e prolongá-lo no tempo.
Caso a remissão não seja possível, então o tratamento foca-se na redução da severidade dos sintomas e melhoria da qualidade de vida do paciente.
Ao diminuírem a inflamação no cólon e recto, os medicamentos permitem ao sensível tecido dos mesmos, sarar. Importa referir que não existe uma medicação padrão para a doença, sendo a prescrição efetuada caso a caso, pois cada paciente evolui de forma díspar.
Os principais grupos medicamentosos usados, são: aminisalicilatos, corticoesteroides, imuno-moduladores e terapias biológicas.
A partir do momento em que a doença se desenvolve, ter em atenção a nossa dieta alimentar, pode ajudar a reduzir os sintomas, a repor os nutrientes perdidos e também na promoção da cicatrização.
Não existe um plano tipo que funcione para todas as pessoas com esta condição.
As recomendações alimentares devem ser personalizadas, pois a colite ulcerosa varia de pessoa para pessoa e até na mesma pessoa em diferentes fases da vida.
Apesar de nenhuma comida ou alimento em particular piorar a inflamação existente numa colite ulcerosa, alguns tendem a agravar os sintomas e, como tal, devem ser evitados, especialmente aquando de um surto.
Como tal, em baixo deixamos algumas recomendações genéricas e dicas importantes:
- reduzir quantidade de gordura e alimentos fritos, pois aumentam propensão para a diarreia e flatulência;
- realizar refeições pequenas com intervalos frequentes;
- se for intolerante à lactose, deve evitar todos os produtos lácteos;
- evitar as bebidas gaseificadas, pois aumentam presença de gás no intestino;
- restringir consumo de cafeína, se tiver com diarreia;
- evitar comidas demasiadamente condimentadas ou picantes;
- evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- o consumo de vegetais crus pode ajudar na redução de sintomas.
Alguns pacientes com colite podem, devido às diarreias e falta de apetite, apresentarem deficiências vitamínicas e minerais (Vitamina B12, ácido fólico, vitamina C, vitamina D, ferro, cálcio, zinco e magnésio) devendo nestes casos ser devidamente suplementados.
Existem já vários tratamentos em adiantadas fases de ensaios clínicos e com perspetivas promissoras, num melhor e mais eficaz controle desta patologia, pelo que acreditamos que, brevemente, a colite ulcerosa, seja mais uma doença crónica de prognóstico favorável e sem afetar muito a qualidade de vida dos pacientes.
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