Alimentação nas diferentes fases de vida

Em todas as fases da vida a alimentação deve ser variada e equilibrada.

Um só tipo de alimento não contém todos os nutrientes que o corpo necessita.

Além disso, pessoas diferentes e com rotinas diferentes têm necessidades nutricionais distintas.

Fatores como idade, sexo, atividade física ou gravidez deverão ser tratados de forma diferente na altura de escolher a nossa ementa.

No entanto, ao longo da vida, alguns hábitos alimentares são indispensáveis para determinada faixa etária, independentemente da situação da pessoa.

Infância

Por ser um alimento completo e o único que garante qualidade e quantidade ideal de nutrientes para o bebé, o leite materno é fundamental para a saúde das crianças nos 6 primeiros meses de vida, apresentando concentrações ideais de proteínas, açúcares, gorduras e vitaminas.

A partir dos seis meses, o bebé está pronto para receber em pequenas quantidades alguns alimentos complementares como, legumes, carnes, cereais, papas de frutas, água e sumos naturais de fruta.

Mas o leite materno deve continuar até ao segundo ano de vida do bebé. Entre 1 e 6 anos a alimentação deve ser distribuída em 5 ou 6 refeições por dia.

As refeições devem ser preparadas em pequenas quantidades, sendo que a qualidade é de extrema importância, para evitar carências nutricionais.

Alguns nutrientes fundamentais para a criança incluem o ferro, cálcio, zinco, Vitamina A.

Entre os 6 e 10 anos é a fase caracterizada por uma maior atividade física e um predomínio no ganho de peso.

Alimentação variada, consumo moderado de gorduras, sal e açúcar e o controle do ganho de peso são fatores fundamentais.

A falta ou o excesso de alimentos na infância, podem causar doenças nutricionais como desnutrição, anemia, raquitismo e obesidade.  

Adolescência

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é o período da vida que se inicia aos 10 anos de idade e se prolonga até os 20 anos (inclusive), ocorrendo durante este percurso grandes transformações físicas, psicológicas e comportamentais.

Nesta fase, o rápido desenvolvimento físico faz com que os jovens necessitem de maior quantidade de calorias.

O consumo de alimentos ricos em cálcio e vitamina D são também muito importantes, devido ao desenvolvimento acelerado dos músculos e ossos.

As necessidades de ferro também são grandes nessa fase, para os rapazes devido à formação muscular e para as meninas por causa da perda de sangue durante a menstruação.  

Idade Adulta

A rotina e a oferta abundante de alimentos pouco saudáveis e calóricos, aliados à fraca atividade física e ao stress, prejudicam muito a alimentação equilibrada e o estilo de vida saudável dos adultos. De todos os problemas recorrentes destes hábitos, há dois principais que se destacam:

• Escolhas completamente erradas na alimentação de acordo com o necessário;
• Muitas horas sem se alimentar.

Esta combinação acaba por ser propicia para algumas doenças crónicas, como a obesidade, a hipertensão e diabetes.

Algumas recomendações para alimentação na fase adulta incluem:

• Realizar 5/6 refeições por dia;
• Mastigar bem os alimentos;
• Preferir os óleos vegetais;
• Aumentar a ingestão de fibras;
• Preferir refeições assadas, grelhadas ou cozidas;
• Consumir, no mínimo 1,5l de água por dia;
• Entre outras,

Terceira Idade

Uma dieta baixa em gorduras, sal e açúcar, constituída principalmente por alimentos variados com quantidades significativas de legumes e frutas, fortalece o sistema imunológico, torna mais lento o processo de envelhecimento e mantém a pessoa mentalmente ativa.

Nesta fase da vida, o cálcio é de extrema importância devido à perda de densidade óssea e à redução da fixação do cálcio associadas ao processo de envelhecimento.

A perda de ferro também é muito comum nesta idade, pelo que alimentos ricos em ferro, assim como alimentos ricos em vitamina C (pois melhora a absorção do ferro) devem ser consumidos em todas as refeições.

Fígado, leguminosas e cereais são excelentes fontes de ferro e variadas frutas, como kiwi, papaia e laranja de vitamina C. Outra dica é utilizar ervas aromáticas e especiarias na confeção e tempero dos alimentos como forma de limitar o consumo de sal, associado ao desenvolvimento de hipertensão arterial e outras patologias.

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