Compulsão alimentar


Quantas vezes chegou a casa, depois de um dia stressante no trabalho, não se conseguiu controlar e atacou o frigorífico e a despensa?

Ao devorar uma grande quantidade de alimentos, sentindo-se desconfortavelmente cheio(a), acaba por comprometer a linha e a saúde.

Se um episódio isolado pode não ter grande significado, ao fazê-lo de forma recorrente pode estar a desenvolver compulsão alimentar e deve estar alerta.

O transtorno de compulsão alimentar é comum, complexo e muitas vezes mal compreendido.  

O que é?

A compulsão alimentar caracteriza-se pela ingestão de grande quantidade de comida num período de tempo reduzido, acompanhada da sensação de perda de controlo.

Geralmente, a pessoa come sozinha, por vergonha da quantidade de alimentos que consome e não são efetuados comportamentos compensatórios, de modo a perder peso. 

Durante os episódios de compulsão alimentar, o desejo de comer em excesso ocorre de maneira incontrolável.  

Compulsão alimentar ou bulimia?

No caso da compulsão alimentar existem episódios bulímicos repetidos, mas não estão presentes as medidas patológicas de controle de peso (através do comportamento compensatório) que se verificam nos casos de bulimia, onde se recorre à indução do vómito, abuso de laxantes e exercício físico excessivo.  

Quais as complicações clínicas?

Uma consequência deste tipo de transtorno alimentar é o excesso de peso e a obesidade.

A médio/longo prazo podem surgir outras doenças relacionadas com a obesidade, tais como: diabetes mellitus, hipertensão arterial, colesterol elevado, problemas cardíacos e certos tipos de cancro.

Além disso, os episódios de compulsão alimentar têm impacto no metabolismo dos hidratos de carbono, mas, principalmente, consequências ao nível da sensibilidade à insulina, levando à necessidade de uma produção anormal desta hormona.  

Quais os sinais?

Os pacientes com compulsão alimentar tendem a possuir uma autoestima mais baixa e uma maior preocupação com o peso e a forma física, em relação aos outros indivíduos que também possuem excesso de peso, mas não possuem este transtorno.

Verificam-se hábitos como:

  • ingerir uma quantidade excessiva de comida, mesmo quando não existe fome;
  • comer até se sentir desconfortavelmente cheio ou mesmo agoniado;
  • esconder hábitos alimentares devido a vergonha ou embaraço;
  • esconder comida para episódios de voracidade;
  • «depenicar» ou comer constantemente enquanto houver comida disponível;
  • comer quando está sob pressão ou se sente psicologicamente diminuído;
  • sentir-se subjugado, envergonhado e/ou culpado durante e/ou depois de um episódio de voracidade;
  • exprimir repugnância em relação a hábitos alimentares, peso, corpo ou aparência;
  • expressar descontentamento com a aparência, peso ou autoestima.

Como é feito o diagnóstico?

Para que alguém seja diagnosticado como tendo um transtorno de compulsão alimentar, devem registar-se estes episódios, em média, uma vez por semana durante três meses e observar-se pelo menos três dos seguintes aspetos:

  • comer mais depressa do que o normal;
  • comer até ficar desconfortavelmente cheio;
  • comer às escondidas por vergonha;
  • sentir-se desgostoso, deprimido ou muito culpado depois de comer;
  • comer sem ter a sensação física de fome.

Qual a prevalência?

A prevalência do transtorno de compulsão alimentar é de cerca de 1,6% nas mulheres e 0,8% nos homens.

Este transtorno ocorre de forma mais frequente em pessoas com obesidade, mas, no entanto, a maioria das pessoas obesas não desenvolve esta compulsão alimentar de forma recorrente.

Das pessoas com compulsão alimentar, 78.9% possuem algum outro diagnóstico psiquiátrico, como depressão, transtorno bipolar e/ou transtornos de ansiedade.

De forma semelhante, pacientes com transtornos de humor podem desenvolver compulsão alimentar como estratégia desadaptativa de regulação emocional.  

Qual o tratamento?

Existe uma variedade de opções de tratamento que devem ser combinados de acordo com as necessidades específicas do paciente, onde se incluem a terapia cognitivo-comportamental (para alterar os comportamentos alimentares), a frequência em grupos de apoio e o acompanhamento nutricional.

Habitualmente, não são usados medicamentos para tratar o transtorno de compulsão alimentar, apesar de poderem ser usados supressores de apetite com controlo médico e alguns medicamentos, como antidepressivos, para o tratamento das condições associadas.

O tratamento deve ser multidisciplinar.

A orientação nutricional deve focar-se, numa fase inicial, para que ocorra uma diminuição da frequência dos episódios de compulsão alimentar e, posteriormente, focar-se na perda gradual de peso, se for o caso, através de um plano alimentar saudável e equilibrado.

A prática de exercício físico deve ser incentivada e os sintomas depressivos devem ser tratados, de modo de melhorar a autoestima e reduzir a ansiedade.

É importante procurar apoio especializado e falar com o seu nutricionista: só assim é possível saber qual a melhor estratégia alimentar a seguir e ter a garantia de um acompanhamento personalizado e adaptado às suas necessidades específicas.

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