As sensações de trincar uns crocantes chips de batata frita ou um fofo brownie de chocolate acabado de fazer, estão longe de se limitar ao que a língua percebe.
O paladar envolve um mecanismo sensorial complexo, resultante da interação entre gosto, aroma, aparência, consistência e temperatura dos alimentos.
Dos 5 sentidos, juntamente com o olfato e a visão, o paladar é o que está diretamente relacionado com as nossas escolhas e preferências alimentares.
A língua possui papilas gustativas e é o órgão responsável pela distinção dos sabores.
Graças a ela somos capazes de diferenciar o azedo, o amargo, o doce e o salgado.
Um quinto gosto foi identificado recentemente, o umami, e define o gosto dos glutamatos (como o glutamato monossódico, um composto presente na cozinha oriental e potenciador de sabor utilizado pela indústria alimentar).
Tendo em conta que um dos fatores determinantes nas escolhas alimentares e nos hábitos de consumo é o sabor dos alimentos, a indústria está atenta e lança para o mercado produtos que vão de encontro a essas exigências e que permitem ao consumidor desfrutar de explosões de sabor, através de técnicas que intensificam as características naturais dos alimentos, onde o doce fica mais doce e o salgado mais salgado.
A questão é que este tipo de alterações é frequentemente feita com recurso a aditivos alimentares ou comprometendo o valor nutricional do respetivo alimento.
A boa noticia é que podemos educar o nosso paladar e passar a fazer escolhas alimentares mais saudáveis:
- Reduzir de forma progressiva o consumo de sal e privilegiar o uso de especiarias e ervas aromáticas;
- Reduzir gradualmente a quantidade de açúcares adicionados. Comece pelo café e verá que, ao fim de algum tempo, já não sentirá a sua falta e conseguirá apreciar o verdadeiro sabor da bebida;
- E porque os olhos também “comem”, faça refeições coloridas e visualmente apetecíveis.
Sabia que:
- Antigamente, o paladar era uma importante ferramenta na prevenção da doença e os sabores básicos indicavam se os alimentos estavam ou não em condições de serem consumidos: o azedo indicava que o alimento estava estragado e o amargo que era venenoso;
- O sabor está relacionado com o gosto, aroma e textura do alimento. É por este motivo que uma pessoa com gripe (com o nariz congestionado, mas o paladar inalterado) não consegue ter uma perceção real do que está a ingerir;
- A temperatura pode influenciar o sabor do alimento. Com alimentos frios é mais facilmente identificado o sabor azedo. Quando a temperatura é maior fica mais vincado o sabor doce. É por este motivo que um chocolate armazenado no frigorífico aparenta ser menos doce, comparativamente ao mesmo chocolate à temperatura ambiente;
- A ideia de que cada região da língua identifica um sabor é um mito. Atualmente sabe-se que toda a língua é capaz de detetar todos os sabores. Existem, no entanto, algumas zonas mais sensíveis na determinação de alguns sabores: azedo nas laterais, amargo no fundo, salgado e umami na frente e doce na ponta;
- A língua possui cerca de nove mil papilas gustativas. Cada um tem um paladar diferente e, por isso, não gostamos todos dos mesmos alimentos.
Pequenas mudanças no comportamento alimentar traduzem-se em grandes resultados e em ganhos para a sua saúde e bem-estar.
A adoção de hábitos de vida saudáveis, com uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercício físico são fundamentais.
Fale com o seu nutricionista e saiba mais sobre este assunto.
Só assim é possível saber qual a melhor estratégia a seguir e ter a garantia de um acompanhamento personalizado e adaptado às suas necessidades específicas.
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2 comentários a “A influência do paladar nas escolhas alimentares”