Clinicas Persona -- GlutenMuito se tem falado sobre o glúten e a sua relação com a saúde e o emagrecimento. Esta é uma das proteínas mais consumidas em todo o mundo, mas tem vindo a ser tratada pela sociedade como uma espécie de vilã. Muitos portugueses já optaram por excluir da sua alimentação pão, bolachas, massas e cereais, mas será que isso é positivo ou apresenta alguma vantagem do ponto de vista nutricional?

Descubra tudo já de seguida.

 

O que é o glúten?

O glutén é a principal proteína presente nos grãos de trigo, centeio e cevada, além do malte, que é um subproduto da cevada. A aveia é controversa, na medida em que, apesar de ser virtualmente isenta de glutén, esta é frequentemente plantada nos mesmos terrenos e processada nas mesmas máquinas que outros cereais como trigo ou centeio, podendo ocorrer contaminação cruzada.

Outros cereais como o milho e o arroz são perfeitamente inofensivos.

 

O que é a doença celíaca?

É uma doença autoimune causada pela permanente sensibilidade ao glúten. A sua ingestão leva o organismo a desenvolver uma reação imunológica contra o intestino delgado, provocando lesões na sua mucosa que se traduzem pela diminuição da capacidade de absorção dos nutrientes. Só a total eliminação do glúten da alimentação permite ao intestino regenerar por completo e recuperar.

 

Quais os sintomas?

No caso das crianças: diarreia crónica / prisão de ventre, distensão abdominal, vómitos, atraso no crescimento, perda de peso / aumento de peso insuficiente, alterações de humor / irritabilidade;

No caso dos adultos: anemia e aftas recorrentes, dores ósseas e cãibras, alterações dermatológicas, cansaço crónico, fertilidade diminuída e abortos espontâneos, alterações do comportamento (depressão, irritabilidade).

 

Qual a sua prevalência?

Em Portugal, estima-se que 1 a 3% da população portuguesa seja celíaca. No entanto, existem apenas cerca de 10000 celíacos diagnosticados, o que indica que é uma doença bastante subdiagnosticada, pelo que é importante estar atento aos sintomas.

 

Como saber se é doente celíaco?

O diagnóstico tem de ser feito pelo médico, deve ser personalizado e suportado no máximo de informações disponíveis: história clínica, análises sanguíneas (serologia), anti-transglutaminase anti-gliadina desaminada, anti-endomísio, endoscopia digestiva alta com biópsias do duodeno e teste genéticos.

 

Qual o tratamento?

A doença celíaca não tem cura e é a ingestão do glúten através da alimentação que determina o aparecimento dos sintomas, pelo que o tratamento consiste numa dieta isenta em glúten, para toda a vida. É essencial seguir um plano alimentar saudável e equilibrado, não devendo os alimentos que contêm glúten ser eliminados, mas sim substituídos por outros cujas matérias-primas não o contêm. Como o glúten se encontra no trigo, centeio, cevada e aveia, a alimentação não poderá conter nenhum destes 4 cereais ou seus derivados.

 

Pode excluir o glúten da alimentação mesmo não sendo celíaco?

Ao deixar de ingerir glúten pode estar a privar-se de muitos nutrientes importantes, como vitaminas e fibras, fundamentais para uma nutrição equilibrada.

Por outro lado, é necessário saber substituí-lo pelos alimentos certos e muitas vezes substituir o glúten por algo com o mesmo sabor, implica carregá-lo de gordura e açúcar.

Atualmente não existem estudos conclusivos que comprovem a relação entre a ausência de glúten e o emagrecimento. Contudo, tendo em conta que o glúten está presente nos produtos feitos à base de farinha branca, como pão, bolos ou bolachas, é natural que ao exclui-los da alimentação, acabe por emagrecer.

Resumindo: se não sente desconforto, nem é celíaco, a prioridade na escolha de um alimento não deve ser o facto de ter ou não glúten, mas sim o equilíbrio de todos os outros nutrientes que o compõem.

 

Para uma decisão consciente fale com o seu nutricionista. Só assim é possível saber qual a melhor estratégia alimentar a seguir e ter a garantia de um acompanhamento personalizado e adaptado às suas necessidades específicas.

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