Menopausa

A menopausa, que assinala o fim da fertilidade, ocorre, na maioria dos casos, por volta dos 50 anos, e está associada ao fim do período menstrual da mulher e pode ocorrer repentina ou progressivamente.

Em algumas mulheres, a menstruação aparece espaçadamente até desaparecer por completo, noutras chega a aparecer 2 vezes no mesmo mês ou simplesmente- te desaparece de uma só vez.

Com a menopausa, a função ovárica é suprimida e a produção de estrogénios (hormonas femininas por excelência) reduzida, subindo a produção de progesterona.

Esta fase da vida das mulheres está muito associada ao envelhecimento, no entanto, é considerada uma nova etapa da vida da mulher que, muitas vezes, dura várias décadas, uma vez que a esperança média de vida em Portugal é de 86 anos.

Felizmente, são cada vez mais as pessoas que encaram com naturalidade esta nova fase e desfrutam em pleno de tudo aquilo que ainda têm para viver, o que pode constituir a melhor estratégia de sempre.

É fundamental viver esta fase com qualidade, conscientes das alterações fisiológicas que podem ocorrer e atentas aos sinais do corpo, sendo uma excelente oportunidade para rever hábitos e renovar o compromisso com a saúde.

Organismo em mudança

Os afrontamentos são o sintoma mais tradicionalmente associado à menopausa e afetam as mulheres sobretudo nos primeiros anos de diminuição do período menstrual.

Para além disso, muitas mulheres relatam também mudanças bruscas de humor, irritabilidade, comportamentos ansiosos e depressivos, distúrbios do sono, suores, sensibilidade ao calor, dores de cabeça, aumento de peso (já que as alterações hormonais tendem a provocar um aumento do apetite), entre outros sintomas.

Em pós-menopausa, a mulher perde massa óssea, já que os estrogénios têm um papel modelador do tecido conjuntivo, com consequências a nível da proteção da massa óssea e da firmeza e elasticidade da pele.

O risco de osteoporose é agravado pela existência de história familiar da doença e pela toma de medicação para a tiroide e corticoides.

A mulher é, também, afetada por um quadro de atrofia urogenital, caraterizado por maior secura e menor elasticidade vaginal, o que pode traduzir-se em infeções urinárias de repetição, dor ou sangramento nas relações sexuais e diminuição da libido.

Consequência disto é o possível impacto da menopausa na vida sexual , que é um receio frequente entre as mulheres.

Para que isso não ocorra, é possível recorrer a lubrificantes à base de água, para que a mulher possa recuperar o bem-estar durante as relações sexuais.

Para além disso, ocorre ainda uma acentuação das rugas e alterações da silhueta, com tendência para acumulação de gordura na região abdominal.

Uma vez que os estrogénios têm um papel de proteção face a problemas cardiovasculares, também este risco aumenta, assim como o de cancro da mama, cujo principal fator de risco é a idade superior a 50 anos.

Como reduzir os riscos?

A adequação da alimentação e da atividade física é essencial, no entanto, às vezes pode ser necessário recorrer a uso de fármacos.

Em todos os casos, o procedimento mais adequado passa pela consulta do seu ginecologista, que analisará o historial clínico e definirá o melhor caminho a seguir tendo em vista a minimização dos sintomas que poderá sentir durante este período.

Conselhos úteis:

• Faça uma alimentação saudável: mantenha uma dieta variada e equilibrada, para além de uma boa hidratação. A ajuda de um nutricionista pode ser fundamental nesta fase;
• Vigie regularmente os índices de glicemia, colesterol e tensão arterial;
• Procure ter um sono tranquilo e regular, que restitui o equilíbrio a todo o organismo;
• Faça exercício físico regular, pratique atividades que estimulem o raciocínio (exemplos: palavras cruzadas ou sudoku) e atividades de meditação e relaxamento.

Em certos casos, o exercício físico e a alimentação equilibrada não são o suficiente para uma eficaz eliminação de gordura abdominal, sendo por isso necessário recorrer a tratamentos localizados e específicos para a região abdominal, de forma a criar uma metabolização mais rápida das células de gordura.

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