Porque é que colocamos sal em praticamente tudo o que comemos?

À medida que, em tempos passados, o sal, através da salmoura, era uma das formas mais comuns de conservação de alimentos, o paladar das populações humanas foi-se adaptando e aceitando o sabor dos alimentos dessa forma, o que não é de estranhar, pois o sal realça o sabor dos alimentos.

A grande maioria dos alimentos que nós ingerimos, em algum momento, seja, antes da colheita (vegetais) ou abate/pesca (animais), provêm de organismos que são, maioritariamente compostos por água, que tem a propriedade de diluir o sabor de qualquer coisa comestível.

A adição de sal, ao diminuir a concentração de água presente nos alimentos, realça-lhes o seu sabor natural.

É por esse motivo, pela capacidade que tem em realçar os sabores dos alimentos que torna os alimentos salgados tão apelativos ao nosso palato, e difíceis de resistir quando temos aquela necessidade de comer algo, optando muitas vezes por alimentos, “mais salgadinhos” que, infelizmente, na grande maioria das vezes também têm elevados teores de gordura.

Outro aspeto relevante do sal é o facto de, além de concentrar o sabor natural dos alimentos, ter também a capacidade de diminuir o sabor amargo que é encontrado naturalmente em alguns alimentos, como alguns vegetais.

Apesar deste papel relevante do sal na história da alimentação e da evolução humana e na nossa culinária, não podemos deixar de alertar que o seu consumo excessivo está, com grande evidência científica, associado a um conjunto relevante e alargado de problemas de saúde, pelo que não devemos exceder as 3 gramas/dia para crianças e 5 gramas/dia para adultos.

Não esquecer ainda que podemos e devemos realçar o sabor natural dos alimentos com outros condimentos também, como por exemplo as especiarias e as ervas aromáticas e assim reduzir a dependência do sal no nosso modo de preparar e confecionar as nossas refeições.

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