Vamos substituir o sal?

Nos últimos anos temos vindo a verificar um consumo excessivo de sal na alimentação.

Este fator é o grande responsável pelo aumento da pressão arterial e, consequentemente, para o aumento de doenças cardiovasculares, doenças essas responsáveis por um grande número de mortalidade no nosso país.

Aliás, a estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS) passa pela sugestão de que ao reduzir o consumo de sal estamos a prevenir de uma forma mais assertiva o aparecimento destas doenças.

As recomendações da OMS apontam para uma ingestão diária de 5 g de sal.

Sabe o que isso significa?

• 1 colher de café de sal fino ou
• 1,3 colheres de café de sal grosso ou
• 1,2 colheres de café de sal iodado.

Pois…está a pensar que consome muito mais do que estas doses diariamente, certo?

Ora, uma das estratégias de intervenção na área alimentar passa pela redução da oferta de alimentos fornecedores de altos teores de sal, açúcar e gorduras, sobretudo as gorduras trans.

Ervas aromáticas

E, no que toca ao sal, as plantas aromáticas constituem uma das principais estratégias para a sua redução na alimentação quotidiana.

Na verdade, a utilização destas ervas nas preparações culinárias confere uma pluralidade de sabores e aromas que permitem não se notar a ausência de sal.

Aliado a tudo isto, sabe-se que as plantas aromáticas são também fornecedoras de substâncias bioativas, como os fitoquímicos, os quais desempenham funções fisiológicas bastante importantes.

Alguns dos benefícios estão já documentados como é o caso da inibição dos radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento prematuro, efeitos inibidores de marcadores carcinogénicos e também diminuição dos níveis de colesterol, nomeadamente pela redução da oxidação do colesterol LDL (mau colesterol).

Para que as propriedades fitoquímicas e nutricionais se mantenham o menos alteradas possível aconselha-se utilizar as plantas aromáticas frescas e, neste caso, adicioná-las no final da preparação para reduzir o impacto da ação do calor sobre as vitaminas e os fitoquímicos.

Note-se que a quantidade consumida de plantas aromáticas é, ainda assim, reduzida.

Deste modo, os seus benefícios para a saúde, bem como o aporte nutricional poderá ser pouco expressivo.

Contudo, a recomendação para um consumo diário justifica-se pela sua utilidade na diminuição do sal das preparações culinárias.

Seguem alguns exemplos de ervas aromáticas que deverá começar a utilizar na sua rotina de preparações culinárias:

• alecrim,
• cebolinho,
• coentros,
• hortelã,
• louro,
• manjericão,
• orégãos,
• poejo,
• salsa,
• tomilho,
• salicórnia.

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