O ferro e a vitamina C
O ferro é um mineral cuja absorção pode variar de 1 a 50% dependendo da natureza da dieta e dos mecanismos de regulação da mucosa intestinal. É sabido que a sua absorção melhora bastante com a presença de vitamina C.
Existem 2 tipos de ferro:
- o ferro heme que é de origem animal
- e o ferro não-heme que é de origem vegetal.
O ferro heme é melhor absorvido que o não-heme pois a absorção do ferro de origem vegetal depende da sua solubilidade, do tipo de dieta e dos seus componentes.
A carência deste mineral está extremamente disseminada no mundo inteiro pois ela atinge cerca de 3 bilhões de pessoas podendo causar fadiga, anemia ferropénica (hipocrómica), fraqueza muscular, problemas comportamentais, diminuição da resistência a infeções, diminuição do paladar, distúrbios de aprendizagem, má performance escolar, depressão, diarreia, edema maleolar, queda de cabelo, menstruações frequentes, aumento do stress oxidativo, diminuição do desenvolvimento mental e atraso do crescimento.
Os grupos mais suscetíveis de desenvolver anemia são: os lactentes, as adolescentes, as grávidas e as mulheres durante o período menstrual.
Existem também alguns fármacos que podem desencadear carência de ferro tais como: colestiramina, clofibrato, neomicinas, sulfassalazina e a tetraciclina.
As principais fontes:
Carne vermelha, fígado, cabidela, gema de ovo, crustáceos, feijão, espargos, espinafre, farelo de trigo, aveia, nozes e chocolate em pó.
As principais funções:
Auxiliar a absorção de fósforo, cobre e cobalto, formação da hemoglobina, transporte de oxigénio, participa na produção de carnitina, colagénio e elastina, possui propriedades anticancerígenas, melhora o desempenho físico, participa na manutenção do sistema imunológico, constituinte de inúmeras proteínas e enzimas, incluindo a catalase que inibe a formação dos radicais livres, também favorece a produção e regulação de alguns neurotransmissores cerebrais.
Por sua vez, a vitamina C é a vitamina sob forma de suplemento mais utilizada no mundo, ainda assim as pesquisas indicam que uma grande parte da população sofre de carência. Nos países desenvolvidos o escorbuto tem vindo a aumentar em certos subgrupos populacionais como idosos, alcoólatras e doentes crónicos. O organismo tem um consumo mais rápido desta vitamina nos casos de cansaço, consumo de tabaco, de álcool ou de açúcares simples.
Em casos de carência grave podem aparecer alguns sinais como crescimento lento, irritabilidade, diminuição da imunidade, cicatrização lenta e deficiente, hemorragias, sangramento gengival, fadiga, aparecimento precoce de rugas, perda de apetite, problemas gástricos, hematomas frequentes e queda capilar. Em casos de carência extrema o escorbuto pode conduzir à morte.
As principais fontes:
Citrinos, kiwis, morangos, meloa, papaia, frutos silvestres, pimento vermelho, brócolos, couve-de-bruxelas, pimentão verde, batata-doce, tomate, caju e acerola.
As principais funções:
Atuar como prevenção dos estados gripais, das rinofaringites virais e de carcinomas; fortalecer o sistema imunológico, reduzir o colesterol, combater as doenças cardiovasculares, acelerar a cicatrização de feridas, ajudar a manter uma boa visão, ajudar a superar a infertilidade masculina. É um potente antioxidante que ajuda a reduzir a reatividade das vias aéreas em asmáticos, prevenir doença periodontal (gengivite), proteger contra o tabaco e outros poluentes, proteger a vitamina E e recuperar a oxidada; é importante na manutenção da elasticidade e hidratação da pele, no aumento da absorção e bio disponibilidade do ferro dos alimentos de origem vegetal, participa na síntese de carnitina, estimula a lipólise e aumenta o colesterol HDL (“bom” colesterol), auxilia a função dos sais biliares, diminui a incidência de coágulos, tem efeitos laxativos, diminui os sintomas de rugas, flacidez, manchas e envelhecimento precoce, previne a diabetes; é útil no tratamento de distúrbios mentais, atua como anti-histamínico natural, mantém saúde de ossos e dentes, reduz a oxidação dos aminoácidos fenilalanina e tirosina e potencializa a ação de medicamentos anti-infeciosos especialmente do trato urinário.
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