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Antioxidantes: Serão o elixir da juventude?

Todos sabemos que o segredo para viver mais e melhor passa pela adoção de um estilo de vida saudável, com uma alimentação equilibrada, exercício físico regular, gestão de stress e uma boa noite de sono.

Nesta equação, os antioxidantes apresentam um papel determinante e são um importante aliado na luta contra o envelhecimento precoce.

O que são os antioxidantes?

Diariamente estamos expostos a agressões, nomeadamente stress, radiação solar, poluição, tabaco e má alimentação, entre outros. Estes agentes agressores formam radicais livres, substâncias instáveis e reativas, que atacam as nossas células, provocando a sua oxidação e consequente degeneração. Para auxiliar o organismo no combate a essas substâncias, existem os antioxidantes, que são capazes de estabilizar os radicais livres e inibir a oxidação celular.

Quais os seus benefícios?

Ao serem responsáveis pela inibição ou redução das lesões causadas pelos radicais livres nas células, os antioxidantes exercem ação anti-cancerígena, protegem contra as doenças neurodegenerativas e cardiovasculares, estimulam o sistema imunitário a combater os agentes patogénicos e combatem o envelhecimento precoce.

Quais as maiores fontes de antioxidantes?

  • Vitamina C: presente essencialmente em frutas como laranja, limão, toranja, tangerina, clementina, abacaxi e morangos;
  • Vitamina E: presente em grãos e sementes oleaginosas, como nozes, amêndoas e avelãs;
  • Flavonóides: um antioxidante presente no vinho tinto, cacau, soja e frutos vermelhos;
  • Catequinas: que estão presentes no chá verde e chá preto;
  • Carotenóides e Vitamina A: presentes na batata-doce e em frutos e hortícolas de cor amarelada/alaranjada, como manga, papaia, cenoura e abóbora;
  • Selénio: encontra-se em alimentos como carne, pescado, cereais integrais e castanha do Pará;
  • Magnésio: disponível nos frutos oleaginosos, sementes, leguminosas, pescado e cacau;
  • Zinco: abundante nas ostras e presente também na carne, pescado, leite, queijo e leguminosas como feijão e grão.

O processo de cozedura dos alimentos anula o seu efeito?

Alguns antioxidantes são sensíveis à temperatura e à luz, como é o caso da vitamina C, pelo que é benéfico consumir os alimentos ricos em antioxidantes, como frutas e legumes, com pouco processamento culinário e, sempre que possível, crus e colhidos há pouco tempo.

Suplementação: sim ou não?

Na tentativa de compensar possíveis carências na alimentação, muitas pessoas recorrem aos suplementos alimentares ricos em antioxidantes. A situação não é consensual mas as evidências atuais apontam que a suplementação com antioxidantes é ineficaz, uma vez que a atuação das enzimas digestivas reduz a sua absorção e ação. É também necessário ter em conta o efeito sinergético que apresentam com outras substâncias constituintes dos suplementos que podem provocar um efeito diferente do esperado no organismo.

Sem o acompanhamento e a supervisão de um profissional de saúde, o uso incorreto de suplementos alimentares poderá ter consequências negativas. De referir que o recurso à suplementação não compensa um mau padrão alimentar e uma alimentação inadequada, pelo que o ideal é obter os antioxidantes necessários através da prática de uma alimentação saudável, equilibrada e variada.

Fale com o seu nutricionista, só assim terá a garantia de um acompanhamento qualificado e adaptado ao seu caso e objetivo específico.