A obesidade infantil é um problema de saúde pública urgente e complexo. É uma doença crónica, representando actualmente um dos grandes problemas nos países industrializados, mas não só. É também um problema multifacetado, pois na sua génese podem estar envolvidos factores fisiológicos, comportamentais, genéticos, ambientais, socioeconómicos e até mesmo políticos.
Tem-se assistido a um crescente aumento da prevalência da obesidade infantil e adolescente e, segundo a comissão Europeia, Portugal está entre os países europeus com maior número de crianças com excesso de peso e obesidade.
O estudo COSI, da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, mostrou que, em média, uma em cada três crianças entre os 6-9 anos tinha excesso de peso ou era obesa, e dependendo do país estudado, a prevalência de excesso de peso (onde se incluem os casos de obesidade) variava entre os 24% e os 57% nos rapazes e os 21% a 50% nas raparigas. Mais de 30% das crianças portuguesas têm excesso de peso com maior prevalência entre as raparigas. O estudo também mostrou que, em alguns países, os casos de excesso de peso estavam associados com escalões socioeconómicos mais baixos.
Os comportamentos que mais influenciam o ganho de peso incluem, obviamente, o consumo exagerado de alimentos densamente calóricos e de baixo valor nutricional, elevado sedentarismo e rotinas de sono. As principais consequências do excesso de peso em idades tão precoces são: elevada tensão arterial e colesterol, aumento da resistência à insulina e maior risco de desenvolvimento de diabetes tipo II, problemas respiratórios como asma e apneia de sono além de problemas nas articulações. Esta condição está também diretamente relacionada com problemas psicológicos como a ansiedade e depressão, a baixa auto-estima e inclusive problemas sociais como o bullying.
Na Europa tem vindo a ser feito um esforço com o objectivo de identificar potenciais soluções, tendo alguns progressos sido já alcançados em particular no desenvolvimento de algumas políticas nutricionais, como é exemplo em Portugal, a ainda recente taxa sobre os refrigerantes e outras bebidas com excesso de açúcar. Contudo, de modo a travarmos estes números de prevalência de obesidade infantil mais políticas e ações serão necessárias.
Para saber mais sobre este tema, fale com o seu nutricionista: só assim é possível saber qual a melhor estratégia alimentar a seguir e ter a garantia de um acompanhamento personalizado e adaptado às suas necessidades específicas.
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Bom dia,
Estive a ver o vosso site e tenho uma filha com problemas de peso, não sei se pode ser considerada ou não dentro desta consulta, tem 15 anos. Pode fazer este tipo de consulta “Per Kid’s”.
Obrigada
Bom dia, Cara Margarida,
Agradecemos a sua mensagem e informamos que a sua filha pode fazer a Consulta “Per Kids”.
Com o intuito de agendar a consulta, solicitamos que contacte a Clínica Persona mais próxima da sua área de residência – https://clinicaspersona.com/onde-estamos/.
Se tiver mais alguma questão, não hesite em contactar-nos.
Obrigada, fique bem e bom fim de semana!