Segurança alimentar. Quais os cuidados a ter?

A segurança alimentar começa logo no momento de compra dos alimentos e termina na sua cozinha.

A prevenção de doenças de origem alimentar consegue-se através da adoção de boas práticas na manipulação dos alimentos: uma pequena falha de segurança alimentar, poderá levar um produto contaminado a infetar todos os outros.

Com alguns cuidados básicos e regras simples, pode evitar grandes transtornos e possíveis intoxicações alimentares.

Cuidados nas compras e durante o transporte:

• Deixe para o fim as compras dos alimentos frescos (iogurtes, queijo, fiambre, manteiga) e, por último, os congelados. Estes devem ser os últimos artigos a entrar no carrinho e devem ser transportados em sacos próprios;
• Tenha o cuidado de não juntar, por exemplo, a carne ou peixe (crus) aos alimentos prontos a consumir (pão, fruta);
• Ao chegar a casa, os géneros frescos e congelados devem ser os primeiros a ser armazenados, no frigorífico e congelador respetivamente.

Disposição dos alimentos no frigorífico:

Além da limpeza e higiene do seu interior, a organização dos alimentos no frigorífico deve obedecer a algumas regras:

• nas gavetas coloque os frutos e legumes;
• nas prateleiras de baixo a carne e peixe em fase de descongelação (tendo o cuidado de utilizar um recipiente que não permita verter líquidos resultantes do processo de descongelação);
• nas prateleiras da zona intermédia ficam os iogurtes, manteigas e embalagens de leite;
• nas prateleiras mais altas coloque as refeições pré-cozinhadas, restos e comida pronta a consumir;
• tenha o cuidado de conservar os alimentos em caixas bem fechadas, protegendo os mesmos de contaminação cruzada (passagem de microrganismos de uns alimentos para os outros).

A Organização Mundial da Saúde indica cinco regras simples para a promoção de Segurança Alimentar:

• Mantenha a limpeza: lave as mãos sempre que começar a cozinhar e sempre que mudar de tarefas. Retire anéis e pulseiras e esfregue bem as palmas das mãos e entre os dedos. O alerta vai ainda para a troca frequente e desinfeção de esponjas e esfregões, onde se alojam grande parte dos microrganismos da cozinha;
• Mantenha os alimentos a temperaturas seguras: o calor é a única forma eficaz de destruir eventuais microrganismos. Por outro lado, o frio impede o seu crescimento. Tenha o cuidado de não preparar os alimentos muito antes do seu consumo;
• Separe alimentos crus de alimentos cozinhados: para evitar contaminações cruzadas, mantenha os alimentos crus afastados dos alimentos cozinhados. Utilize tábuas e facas distintas para cortar os vegetais, para a carne e outra para o peixe;
• Use água e matérias-primas seguras: especial atenção com o aspeto e cheiro dos produtos frescos, com embalagens danificadas e com os prazos de validade;
• Cozinhe bem os alimentos: garanta que os alimentos, especialmente as carnes e ovos, atingem a temperatura adequada no seu interior e respeite os tempos de cozedura.

Quais os alimentos mais suscetíveis?

Os alimentos implicados na maioria das doenças de origem alimentar são, por ordem decrescente: ovos e produtos à base de ovos, pescado, produtos de pastelaria, carne de porco e subprodutos, crustáceos, marisco, moluscos, carne picada e subprodutos (como por exemplo rissóis), carne de vaca e queijo.

Proteja-se a si e à sua família:

Grávidas, bebés, crianças e idosos têm necessidades específicas que exigem cuidados especiais na seleção, armazenamento e preparação dos alimentos.

De uma forma geral, as pessoas com defesas naturais diminuídas devem estar especialmente atentas em relação à proteção contra as doenças transmitidas por alimentos.

Também quem toma determinados medicamentos (como os antibióticos) ou está sujeito a tratamentos (como a quimioterapia), está mais suscetível e deve ter cuidados redobrados.

Para saber mais sobre estas questões, fale com o seu nutricionista.

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