Hiperuricemia

A hiperuricemia é caracterizada pela presença, em quantidades excessivas, de ácido úrico no sangue.

O ácido úrico é uma substância que se forma a partir da metabolização das purinas, em particular da xantina e da hipoxantina, podendo estas ser produzidas pelo nosso próprio organismo, ou, maioritariamente, provenientes dos alimentos da nossa dieta.

Alguns doentes com hiperuricemia desenvolvem gota, que se caracteriza pela deposição de cristais de ácido úrico nas articulações, onde causam um tipo de artrite denominada “artrite gotosa”.

Inicialmente envolve apenas uma articulação, mais frequentemente o dedo grande do pé, mas pode também se evidenciar no joelho, punho, tornozelo ou dedo da mão.

Os fatores precipitantes das crises são frequentemente o esforço físico intenso, a exposição ao calor, desidratação, “abusos” alimentares e alcoólicos e infeções. Estes cristais também se podem depositar nos rins, sendo fator desencadeador da formação de cálculos renais (“pedras nos rins”).

Algumas pessoas têm predisposição genética (fatores endógenos) para uma maior presença de purinas e, consequentemente, possuírem mais ácido úrico em circulação, mas a grande maioria dos casos de hiperuricemia estão ligados a hábitos alimentares desadequados (fatores exógenos), pelo que uma correta alimentação é essencial na prevenção e tratamento da hiperuricemia.

Em baixo deixamos alguma recomendações nutricionais para melhor lidar com este problema:

• Aumentar a ingestão de água (2l a 2.5l por dia), de preferência alcalina, pois aumentando o ph interno é benéfico para uma mior eliminação de ácido úrico pela urina;
• Evitar períodos longos de jejum, pois devido à cetose dietética, aumentamos a metabolização das purinas;
• Muito importante eliminar ou reduzir drasticamente o consumo de bebidas alcoólicas;
• Eliminar o consumo de sal, ou mesmo eliminá-lo, de modo a assim aumentarmos a diurese;
• Procurar consumir algas de forma habitual;
• Evitar o consumo de alimentos ricos em purinas como: carnes jovens, vísceras, presunto, bacon, peixes gordos, conservas, mariscos, chocos, lulas, chocolate, cacau, café, azeitonas, queijos curados, espargos, leguminosas, ananás, cerejas e nêsperas;

Dado as purinas serem solúveis em água, é de evitar o consumo de caldos de carne elaborados, sopas de peixe ou cremes de marisco.

Para saber mais sobre este tema, fale com o seu nutricionista.

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